quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Estou de volta?

Cinco anos se passaram desde a última vez em que escrevi nesse blog.

 Relendo os posts, é difícil acreditar que sou a mesma pessoa. Na filosofia existe um intenso debate sobre o que é uma pessoa. O que faz de nós, essencialmente, nós mesmos. Nosso corpo? Nossa memória? Nossa alma (para os dualistas)? Cada uma dessas respostas acompanham uma série de problemas. Até hoje uma pergunta tão básica deixa os filósofos sem saída. O que faz com que a Marina de 2017 seja a mesma de 2012? Tudo bem, ainda tenho um sorriso encantador e a minha marca de nascença não saiu do lugar. Mas será que a Marina de 2012 me reconheceria? Será que eu reconheço ela?

 Eis a grande tristeza ao envelhecer. Você não se reconhece mais no passado.

 Mas, sabe o que me fez voltar, blog que será a única "pessoa" a ler este post? Eu não escrevo mais. Na verdade, eu escrevo muito, mas nada que venha do coração. Eu estou no meu segundo semestre de um programa de doutorado na Boston University, nos EUA. Fui professora de crianças por 4 lindos anos, fiz um mestrado e agora estou aqui.

 Comecei a lembrar de tantas coisas que eu costumava escrever. Comecei escrevendo em diários, depois qualquer folha de papel que encontrava. Depois comecei esse blog. Mas, de repente, parei. E o mais triste é que eu só reparei agora. Cinco anos depois.

Para mim, escrever era algo fantástico. Algo que me transportava para outra dimensão. Eu não tinha medo ou vergonha do que as pessoas pensariam de mim. Hoje cada palavra que escrevo no meio acadêmico me dá arrepio. Eu sei que serei criticada e avaliada. Aqui eu nunca senti isso.

 Não sei se estou declarando um "estou de volta". Mesmo que só tenha sido para esse único texto, já valeu a pena. A realidade é que eu não sei se tenho algo a dizer. Se não tenho, para que existo?

 Dá para ver que estou mexendo demais com filosofia, né?

 Bom, afinal…são devaneios. Não mais de uma professora. Agora de uma estudante.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O duelo das profissões

Que semaninha de índio!

Na realidade não faço ideia porque falamos que fizemos uma "indiada". Como se índios fizessem apenas coisas doidas e estranhas. Mas enfim, aderindo à figura de linguagem...essa semana foi de indiadas.

Fomos a Porto Alegre às 18, fomos dormir à meia-noite para acordar às 5 da manhã para então pegar um vôo para o Rio de Janeiro às 6:45. Tudo isso para passar um total de 12 horas lá...e voltar! Irônico, não? Nunca fui para o Rio e quando vou é para fazer tudo menos passear. O coitado do Corcovado foi apreciado apenas à distância.

Eu e meu marido na realidade fomos lá para fazer a entrevista para seu visto de imigrante no consulado americano. A entrevista era às 13:30 e nós chegamos às 9:30. Portanto...muito tempo na mão, porém...nada para fazer! Em alguns lugares seria uma verdadeira blasfêmia reproduzir a frase que não existe nada o que fazer no Rio de Janeiro, mas quando trata-se de um casal sem dinheiro e medroso como nós, a realidade é exatamente essa. Para somar a todos os fatores, a menina desprovida de diversos tipos de inteligências chamada Marina Garner Assis foi de sapato! Sim...de sapato! Por tanto, todas as experiências passadas que envolviam mais de 15 passos de distância estavam basicamente fora do plano. Aparentemente algo aconteceu durante a minha gestação na barriga da minha mãe em que os meus pés não foram completamente desenvolvidos para usar sapato por mais de um certo período de tempo. Grande frustração...

Porém, foi uma manhã de grandes aprendizados. A primeira é que pessoas entediadas tendem a gastar mais dinheiro. Ainda terei que fazer este estudo...mas tenho quase certeza que acertaria na estatística que tendemos a gastar 60% a mais quando não temos mais o que fazer no meio de um centro comercial com um cartão de crédito na bolsa. Então lá fomos nós às 10:00 para uma lancheria, o Gustavo comprou um açaí. Enrrolamos por meia hora e começou a ficar aparente que não compraríamos mais nada então andamos alguns metros para uma outra lancheria, onde compramos um salgado. Lá ficamos até mais ou menos 11:30 matando o tempo com um interessantíssimo jogo de quem consegue memorizar palavras em hebraico mais rápido (flashback para início do namoro)!

Foi nessa lancheria, com o tédio simplesmente minando o meu cérebro, que passei a filosofar no que estava acontecendo. Ao nosso lado estava a cozinha aberta, mostrando os funcionários montando os sanduíches frescos. Ali estava um rapaz passando pasta de alho no pão e colocando na forma gigante. Durante a uma hora que estávamos lá este rapaz não fez outra coisa. Levanta o pedaço de pão, passa a pasta de alho não deixando ser demais mas também não sendo medíocre, e largando o pão em uma sucessão de pães virados para cima. Virei pro Gustavo e disse: "que coisa boa não é? Já pensou poder só fazer isso o dia inteiro? Sem stress, sem pressão, com os pensamentos voando para qualquer lugar? E quando você vê, já acabou o expediente e você volta para casa." Ele levantou os olhos das palavras hebraicas, olhou pro lado, olhou pra mim e devolveu sua mais pura devoção àquilo que estava fazendo antes de eu interrompê-lo com o meu devaneio sem noção.

Mas, desta vez deixando minhas opiniões para meu próprio raciocínio, repensei no meu devaneio. Pensei em todos os meus alunos. Pensei na matéria que eu leciono: ensino religioso. Eu preparo crianças e adolescentes a confiarem mais em Deus do que nos homens. Oriento-os a confiarem na Bíblia, a tirarem conselhos dela e a buscar em suas palavras o caminho da salvação. Eu aconselho jovens aflitos e preocupados. Eu oro com meus alunos, eu oro por meus alunos. Eu abraço e elogio algumas crianças que tiveram sua auto-estima destruida por alguém, ou que não tem a capacidade de confiar em mais ninguém a não ser seus professores. Eu levanto todos os dias pela manhã tendo a plena noção que posso fazer uma grande diferença na vida de algumas pessoas. Quantas pessoas podem dizer isso?

Na minha conversa com Deus hoje pela manhã, pedi a Ele para me mostrar algum dos meus alunos que precisasse de uma palavra vinda dEle, e que eu fosse o instrumento. Eu acredito que Ele me mostrou. Se eu fosse passadora de pasta de alho em pão, talvez esta oração não pudesse ser respondida, até por que, acredito que o alho não precisará de aconselhamento em algum momento de sua curta vida. Mas eu posso.

Naquele momento agradeci a Deus, e senti falta de não poder ter dado aula naquele dia. Claro, a vida de uma professora não é das mais fáceis. O barulho ensurdecedor de uma 5a. série, a perda gradual da força nas cordas vocais já no último período de segunda-feira, o olhar aéreo de um aluno que não poderia se importar menos com o que você está falando, os planejamentos intermináveis...algumas das coisas que faz você repensar a utopia do filme "O Clube do Imperador". Mas quando você lembra de tudo aquilo que você ganha em troca, cada segundo vale a pena.

"É bom ser professor, sora?" foi a pergunta de hoje no corredor pelo Sandro da 7a. série. A resposta sem pestanejar foi um sonoro "Sim". "Tem seus momentos difíceis, mas os momentos bons são maiores" eu disse ao entrar na sala e receber um abraço apertado do meu aluno Luis Henrique. O Luiz no meio da aula grita "sora, tu sabe que a gente te considera pra caramba, né?!", e sabe o que é incrível? Ele não queria nada em troca...

Eu amo ser professora. Muito melhor que passar pasta de alho no pão.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Viva a leitura!



Como queria dizer que tirei esta foto de uma revista. Existem certas coisas que você fica feliz em perceber que você não presenciou. Existe uma certa segurança em ver as coisas em um papel, fechadinho em uma revista. O fotógrafo pode ter visto, mas você não, então se torna algo um pouco menos real. Talvez até um sonho distante. Aquelas fotos de crianças esfomeadas na Somália. Fotos de bombardeios no Iraq, de estupradores, ou até mesmo de uma paisagem linda com montanhas e lagos verdes. A distância entre nós e a foto é muito maior do que física, é mental também.

Mas não posso. Pois essa foto eu mesma tirei. E pra mim, ela chega a doer na mesma quantidade que os outros tipos que mencionei. Por algumas razões, citarei apenas duas. Contextualizando, tirei esta foto de relance em uma visita a Nova York que fiz alguns anos atrás. Não consegui acreditar no que estava vendo. Tinha na minha cabeça que de alguma forma, pessoas de rua não aderem a leitura. Não sei se sou só eu ou o preconceito pegou pesado na minha cabeça. Mas, talvez sempre achei que eles tinham mais com o que se preocupar. Em vez de "será que o John vai conquistar a Jasmin de volta??" ou "eu aposto que foi o tio dela que matou a amiga da vizinha da dinda!", talvez preocupações como "será que aquela padaria aceita centavos de dolar para comprar um café", ou "será que vou sobreviver a -10 graus esse ano de novo?". A realidade que encontro nessa foto é fantástica e ao mesmo tempo extremamente irônica.

Em primeiro lugar, perceber que uma pessoa nessas condições teria vontade de aprender mais, de conhecer uma nova realidade, se entrar em uma outra dimensão que é a leitura me deixa absurdamente triste. Estranho ficar triste? Pois é, triste por que conheço adultos e crianças que morreriam antes de ler um livro por puro lazer. A leitura na nossa cultura transformou a leitura em um fardo, algo reservado apenas para os coitados dos estudantes e advogados do mundo. Para o resto, a leitura se resume às placas de rua e os "twits" no Twitter.

E em segundo lugar (para não tornar esse post mais do que alguns gostariam de ler hoje, rsrs), me dá tristeza por que eu sei o que alguns diriam ao ver esta foto: "tá vendo! o homem lê e ainda é pobre, por isso que não vou mais ler nada!". Típico raciocínio de gente inculta e sem noção. O pobre coitado certamente sofreu um infortúnio. Mas quer saber? vejo muito mais felicidade nesse olhar do que de alguns milionários! Até de boca aberta o homem tá! Teria que dizer que ele é mais afortunado que muitos de nós.

Talvez os mendigos sejam nós!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A santa rotina

Estranho. Muito estranho. Estou de volta à rotina. Mas esse não é o fato estranho, o que é estranho é que EU ESTAVA COM SAUDADES DELA! Depois de 19 dias longe de casa, longe do Ton, longe da minha cama, longe dos meus alunos, longe da escola...tudo fazia tanta falta.

Por mais podre de sujo que meu cachorro esteja, por mais vazia que esteja a geladeira e por mais que eu já consigo ouvir os gritos dos meus alunos amanhã...a rotina é necessária e voltar a encontrá-la é uma sensação maravilhosa. Viajar é maravilhoso (principalmente quando vc vai para o VERÃO!), e quando estiver no meio do semestre sei que rejeitarei esse texto como fruto de uma emoção momentânea e já ansiar veementemente o próximo encontro com o aeroporto. Mas, por hora, aproveitarei a alegria de estar de volta.

Um tempo atrás estava procurando cruzeiros. Não sei, existe algo encantador pra mim o fato de não fazer ABSOLUTAMENTE NADA e de repente acordar em uma cidade diferente! E ao ver a lista infindável de opções (de preferência algum com muita praia e calor!), me deparei com cruzeiros que davam a volta ao mundo. É um ano inteiro dentro do cruzeiro mas ao final você conhece o mundo inteiro....fenomenal...absolutamente fenomenal. Mas sabe o que acontece? Precisamos de um lar.

O fato é que não acredito que alguém possa ser completamente feliz sem um lar, algum lugar para a qual voltar, algum lugar em que verdadeiramente se sinta em casa.

Para aqueles que ainda não tem, ou nunca sentiram que tiveram ou talvez nunca terão. Eu creio fortemente nas palavras de Apocalipse 21:1. Um lugar onde poderemos gritar:

"This is home, I am finally where I belong"

quarta-feira, 25 de maio de 2011

De Nietzsche a Hitler

A viagem está planejada! Final do ano será passado na neve e no vento gelado da Alemanha! Se sacrificar durante meses (e mais meses) sem sair pra jantar ou fazer praticamente nada realmente acaba compensando...

Alguns imaginam que somos ricos (péssima combinação para fazer tal comentário: professora e pastor!rsrs), mas os ingredientes são fáceis para se fazer uma viagem internacional todos os anos: sacrifício, disciplina e MUITA paciência! Os dois primeiros são meus, o último só o Gustavo consegue...

Mas, a parte difícil de uma viagem é decidir a rota. Uma rota que, se você nunca mais voltasse àquele país, você ficaria tranquilo em saber que visitou os lugares mais importantes! Isso é muito mais complexo do que se imaginaria. Com apenas 10 dias nas mãos, complica mais ainda. Finalmente, depois de dias e dias de pesquisa ficou combinado: Berlim, Praga e....AUCSHWITZ! Eu sei o que estás pensando...que casal mais doido (é por que tu não ouviu as outras sugestões do Gustavo!!). De todos os lugares bonitos, Berlim (beleza, beleza, capital é sempre importante ver), Praga (ok, ok, considerada a cidade mais linda do mundo)! Mas Aucshwitz...

Bom, acho que só faz esta pergunta quem não se lembra das aulas de história do Ensino Médio (nossa, eu amava a minha professora de história!!!). Aucshvitz é, infelizmente, dotada de uma mancha que nem mesmo Vanish resolve...a mancha da 2a. guerra mundial. Foi lá que os piores assassinatos humanos foram realizados pelo pior tipo de gente que já existiu na face da terra. Quatro milhões foram mortos apenas neste campo de concentração.

Já estou tentando me preparar psicologicamente. Não vai ser fácil. Já ouvi falar de pessoas que entraram lá caminhando e tiveram que ser retiradas deitadas por terem desmaiado de horror pelas cenas, fotos e informações lá encontradas. Mas fico imaginando também no caso de evitar ir pra lá. Talvez fazer a nossa viagem só de coisas lindas e paisagens incríveis, tentando ao máximo esquecer as atrocidades que seres criados por Deus já realizaram. Não seria um pouco de ingenuidade? Talvez imaginar por toda a vida que o ser humano é intrinsicamente bom e que podemos ser bons sem a ajuda de um "Deus" ou de um "livro" de capa preta?

Muitos gostam de dizer que o ser humano não é ruim, mas é a religião que o leva a errar, a matar e a machucar. Levam em conta o exemplo de Hitler, que supostamente era cristão e matou os judeus por "raiva" do povo que havia matado Jesus. Porém, quem for mais a fundo na história de Hitler vai encontrar o outro lado da moeda. Hitler era fã número um de um filósofo muito conhecido na época e até hoje: Friedrich Nietzsche (vai inventar um nome assim lá longe viu!). Filósofo ateu e pregador da ideia do SUPER HOMEM. Existe uma raça de seres humanos que é melhor do que todos os outros, superior em todos os aspectos. Parece familiar?

Enquanto a Biblia diz que todas as raças e nações são criação de Deus e que esse Deus não faz acepção de pessoas, filósofos e mentes sem Deus falarão o contrário. Darwin explica...

Por isso que me preocupo tanto com o que as nossas crianças lêem hoje em dia. A leitura de Hitler influenciou quem ele foi e o que ele fez, além disso essa leitura foi compartilhada por ele com Mussolini (percebe-se!). É tão inocente muitas vezes ver nossos alunos e filhos lendo histórias que mostram que o mal na verdade pode ser bom, que o vampiro pode ser o queridinho, que a magia negra pode ser usada para o bem e que Jesus na verdade era casado com Maria Madalena. Poderíamos optar por pensar: "bom, pelo menos estão lendo, né?". Ás vezes acredito que devemos fazer uma preferência por falta de leitura, a leituras que podem levar as nossas crianças a acreditar naquilo que pode levar até uma geração completamente contrária à vontade de Deus.

Que Deus cuide dessa geração para que não seja o caos moral que foi aquela que não quis saber de Deus...

domingo, 22 de maio de 2011

O Credo

Amo esse texto de Steve Turner e queria compartilhar com vocês. Acho que traduz perfeitamente o mundo pós-moderno que vivemos hoje. Está em um tom irônico caso você não note...

Cremos em Marx e Freud e Darwin.

Cremos que tudo está bem,

Desde que você não prejudique ninguém,

quanto você possa definir prejudicar,

e quanto você possa saber.


Cremos no sexo antes, durante

E depois do casamento.

Cremos na terapia do pecado.

Cremos que o adultério é uma brincadeira.

Cremos que a sodomia é correta.

Cremos que os tabus são tabus.

Cremos que tudo está ficando melhor,

Apesar da evidência contrária.

A evidência precisa ser investigada,

E não se pode provar nada com evidência.



Cremos que há algo nos horóscopos,

Nos OVNIs e nas colheres entortadas;

Jesus era um homem bom, como Buda,

Maomé e nós mesmos.

Ele foi um bom mestre de moral, embora achemos

Que o seu bom ensino moral era nocivo.

Cremos que após a morte vem o nada,

Porque, quando você pergunta aos mortos o que acontece,

Eles não dizem nada.

Se a morte não é o fim, se os mortos mentiram,

Então o céu é compulsório para todos,

Exceto, talvez,

Hitler, Stalin e Genghis Khan


Cremos em Masters e Johnson.

O que se seleciona é a média.

O que é a média é normal.

O que é normal é bom.

Cremos no desarmamento total.

Cremos que há elos diretos entre a guerra e o derramamento de sangue.

Os americanos deveriam fundir as suas armas e transformá-las em tratores,

E certamente os russos os imitariam.


Cremos que o homem é essencialmente bom.

É somente o seu comportamento que o faz cair.

É culpa da sociedade.

A sociedade é o defeito das condições.

As condições são o defeito da sociedade.

Cremos que o homem deve descobrir a verdade

Que é certa para ele.

Consequentemente, a realidade se adaptará.

O universo se reajustará.

Cremos que não há verdade absoluta,

Exceto esta:

Não há verdade absoluta.


Cremos na rejeição dos credos,

E no florescer do pensamento individual.

Se o acaso é o Pai de toda carne,

Desastre é seu arco-íris no céu, e quando você ouve:

Estado de Emergência! Franco atirador mata dez! Tropas enlouquecidas! Bomba explode escola!

Não é nada senão o som do homem adorando seu criador

sábado, 21 de maio de 2011

O ateu e o urso cristão

Um ateu estava caminhando por entre a floresta. Ele dizia para si mesmo: "Que árvores majestosas!" "Que rios poderosos!" "Que lindos animais!"

Ao caminhar à margem do rio, ele ouviu folhas se mexendo nos arbustos atrás dele. Ele virou-se para olhar. Ele viu um urso pardo de cerca de 2 metros e meio de altura vindo na sua direção. Correu o mais rápido que podia pelo caminho. Olhou por sobre seus ombros novamente e o urso estava mais perto. Ao olhar novamente sobre seus ombros, ele estava mais perto ainda. Ele tropeçou e caiu no chão. Ele se virou para levantar-se mas viu que o urso estava bem em cima dele, esticando sua garra esquerda e levantando sua pata direita para o ferir.

Naquele instante o ateu gritou, "Oh meu Deus!!!" O tempo parou. O urso congelou. A floresta ficou em silêncio.

Ao brilhar uma luz sobre o homem, uma voz veio do céu. "Você negou minha existência por todos estes anos, ensinou a outros que Eu não existo, e ainda deu crédito a um "acidente cósmico" para a criação." "Você espera que eu te ajude nesta situação? Devo contar você como um crente?"

O ateu olhou diretamente para a luz, "Seria hipócrita da minha parte de repente pedir que você me tratasse como Cristão agora, mas talvez pudesse fazer do URSO um cristão?" "Muito bem," disse a voz. A luz se apagou. Os sons da floresta retornaram. E o urso deixou cair sua pata direita, juntou as duas patas, curvou sua cabeça e falou: "Senhor, abençoe este alimento, que estou a recebendo de Ti por Cristo nosso Senhor, Amem"