terça-feira, 31 de agosto de 2010

A melhor sensação.

Há certas contradições entre alguns estudos que correm por aí. Pra exemplificar, eu não faço idéia se tomate faz bem ou faz mal, não sei se devemos ou não comer chocolate, se a internet é boa ou ruim, se tomar suco é considerado líquido ou não, se devemos ou não frequentar um psicóloga, se tomar banho frio e quente faz mal pra saúde ou não, entre MUITAS outras coisas. O fato é que a ciência é bastante competitiva entre si e cada dia saem coisas diferentes. E pra falar a verdade, uma das minhas dúvidas é se podemos ou não confiar em pesquisas. E não são só elas...mas as próprias pessoas são contraditórias entre si. Um exemplo muito claro disso é o tal do Yahoo Respostas. Você quer ver as opiniões humanas se digladiarem é só colocar uma pergunta lá, qualquer uma! Os desafio...

E enquanto pensava com meus botões aqui (tenho um pouco mais de tempo para pensar, talvez por isso tenho chegado a menos pensamentos conclusivos...quanto menos tempo, mais rápido chegamos a conclusões!), uma das perguntas que tem sido extremamente falado por séculos mas que nunca chegou a uma unanimidade é: qual o melhor sentimento que exite?

Claro, que você pode estar pensando que depende da pessoa, das situações que ela passa na vida...tipo o meu cachorro (se pudesse falar...) diria que a melhor sensação é aquela que ele sente quando eu digo "vamo passear?" com um acento na última sílaba! O preso vai dizer que é a sensação de liberdade, o alcóolatra vai dizer que é quando ele dá o primeiro trago, o apaixonado vai dizer que é aquele "turum-turum" que ele sente no peito (nossa...essa é velha né?).

Como chegar a um desfecho? Até mesmo Paulo fica meio em dúvida, em I Coríntios 13 diz que as melhores são a fé, a esperança e o amor...mas que o melhor deles continua sendo o amor. Poderia concordar com isso...o amor é algo fenomenal, fora de série e infelizmente em extinção no século 21. Mas, colocando tudo na mesa e analisando eu acho que ainda há um que supera as expectativas quando sentida: o alívio. E em seguida defenderei a minha tese.

Quem sente alívio é aquele que está esperando o pior e de repente recebe a boa nova. É como vi algumas caras hoje em uma das minhas turmas quando receberam a prova, talvez por baixa auto-estima imaginando que iriam mal e se deparam com uma boa nota, é aquela pessoa que está pronta pra receber a notícia que o familiar morreu e recebe totalmente o contrário...que sobreviverá! É até mesmo aquela sensação de ficar a manhã inteira apertado e você vê um banheiro público! É você estar congelando no frio de Caxias do Sul e entrar em um carro aquecido. É você estar quase se suicidando de calor e pular em uma piscina. É aquele em sérias dívidas que do nada tem seu débito apagado. Não sei...mas só escrevendo essas coisas já parece que se explica por si só a minha paixão por esta sensação. Não precisaria quase de explicação.

Talvez por isso que Deus tenha utilizado essa sensação tantas vezes. Eu imagino que quando todos entenderam o que significava o véu do templo se rasgando no meio sentiu um imenso, um anestésico, um futigante...ALÍVIO! Não precisamos mais pagar o preço...ele já foi pago, Jesus Cristo pagou.

Podes ficar aliviado, e sentir a melhor coisa do mundo!

P.S: e graças a Deus por gravidez falsa!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O cãozinho Ton


Eu tenho um cão. Como todo o casal recém-casado-que-mora-em-apartamento nós temos um. Tenho que confessar que é o xodó da nossa vida diária, o Ton. Quem nos conhece sabe o carinho que temos pelo Ton...o tratamos praticamente como um ser humano (fora o fato que ele toma banho apenas uma vez por semana e come comida desidratada). Acho que o cachorro é o utensílio ideal para quem quer algo que te ouve, te adora e não chora durante a madrugada. Ou seja, muitas vezes melhor do que homem (deixando claro que o MEU homem é muito maravilhoso!), gatos, peixes e crianças. Não me leve a mal, tenho um canto no meu coração para todos os exemplos citados...mas simplesmente não há comparação!

Dizem que quando nasce o primeiro filho, você deixa de lado tudo o que você pensava anteriormente sobre filhos. Não acredito que seja mentira, mas o que quero prosear hoje é algo muito mais complexo do que isso. Acho que o blog nunca serviu tanto como lugar de desabafo pra mim do que durante essa semana, pois ando tendo uns sonhos. Nunca acreditei nessas bobagens de significado especial de sonhos. O processo é simples...seu cérebro passa o dia inteiro engolindo trilhões de informações, sentimentos e emoções e durante a noite ele VOMITA tudo o que não quer, tudo misturado e cheio de situações extremamente improváveis como voar e andar pelado pela rua. Mas esse sonho tem sido para mim motivo de muito medo: estar grávida.

Não sei se o nervoso toma conta depois de casada (antes só se ficasse grávida como a nossa querida amiga Maria, mãe de Jesus!), ou se é um recado...seja o que for, resolvi discursar sobre ter filhos. Hoje, eu acho que mais do que nunca, percebo que não estou preparada para ser mãe. As primeiras desculpas para isso com certeza seriam que quero viajar, estudar, trabalhar e curtir meu casamento mais do que ninguém que eu conheça! Mas, como dizem os gaúchos..."o buraco é mais embaixo".

Oito meses como professora já me mostraram as ironias da concepção nesse mundo. Foram o suficiente para eu ver criaturas que tinham tudo para esperar mais uns 8 ou 9 anos para sairem das vergonhas de suas mães, por que talvez esse tempo seria o suficiente para criarem um pouco mais de senso e da magnitude que é ser pai. O problema todo é que esse país está tão acostumado a enfiar filhos no mundo sem qualquer pensamento sobre as consequências disso que o povo agora acha "bonito"..."ah, é mágico", "você está perdendo não tendo filhos...", "quando você pega aquela mãozinha...". MEUS AMIGOOS!! E depois?? Bom, com 3 aninhos a gente coloca numa creche de turno integral e tá beleza! (????)

Amo cachorros...por pior que você crie eles, por mais que você não os eduque a fazer xixi no lugar e a não roubar a tua pipoca no meio do filme...que diferença faz? No pior das hipóteses, doa pra um canil, mas esse cãozinho não fará qualquer diferença na sociedade se for mal educado. Ele não tem qualquer senso espiritual por mais que eu queira que o Ton preste atenção durante a nossa leitura da Bíblia. Mas poucos são os que verdadeiramente compreendem o mal que uma criança criada de forma descuidada pode fazer. Talvez por isso esse sonho me atormenta e só de pensar na possibilidade, meu coração acelera de forma descontrolada.

Quero estar altamente preparada, espero que você também....pelo bem do nosso país.

sábado, 21 de agosto de 2010

De volta...na saga do Ruffles.

Que coisa feia não? Quando criei o blog nunca imaginei que seria sugada para o mundo dos ex-blogueiros! Como é fácil ser levada pela correia do dia-a-dia e esquecer de tirar aqueles momentinhos para desabafar. Por isso que psicóloga dá tão certo! Como a gente está pagando, se sente na obrigação de ir...que nem academia. Prós e contras das coisas pagas da vida...

Mas, por insistência dos leitores...aqui vamos nós.

Nunca imaginei que Ruffles teria um significado tão grande na minha vida. Quero deixar bem claro que procuro manter um estilo de vida saudável sem a presença desses salgadinhos que enchem a barriga tanto quanto algodão doce e tem cheiro de peido (e.i: fandangos, ruffles, cheetos,etc). Nunca gostei, nunca aprovei e por minha perfeita vontade seriam extinguidos das prateleiras para que meus queridos futuros filhos Nicholas e Nicole (daqui 8 anos eles virão...não perca!) nem possam sentir a urgência de ingeri-los. Busquei eliminar a prática de comprá-los desde a primeira semana do meu maravilhoso casamento, e com sucesso tenho sobrevivido a essa tentativa até a poucos dias. Mas meu marido, como todo ex-solteiro-que-mora-sozinho-longe-dos-pais não resistiu semana passada.

Como pastor o meu marido visita muitos irmãos da igreja que moram em Flores da Cunha e, tendo que passar o dia todo lá resolveu "matar a fome" (POR FAVOR, dá pra encher a barriga mais com isopor do que com esses venenos!) comprou um RUFFLES. Acho que eu teria ficado mais feliz com a ignorância (já diziam né...a ignorância é a mãe da felicidade), mas pelo mérito de ser o melhor marido do mundo, ele me contou de sua trágica traição, pelo qual eu fiquei muito chocada, mas menos por que ele falou que havia comprado um "salgado" e não um "salgadinho" (incrível como um diminutivo pode fazer tão incrível diferença na reação de uma pessoa).

Pois bem, alguns dias depois, saindo do shopping eis que vejo a prova do crime...um minúsculo pedaço de um salgadinho amarelo entre o banco e o freio de mão. Pasma, procuro identificar o objeto, acho que um fio de cabelo loiro teria me deixado mais calma, mas não...era um RUFFLES! Gustavo tentou se explicar mas não teve jeito, confessou com um suspiro em sua frase "Não existe crime perfeito...até joguei a embalagem no lixo da garagem sabendo que você não ia olhar lá...".

Rimos muito e a situação virou mais cômica do que dramática, mas o fato é que todos temos as nossas máscaras. Aquilo que queremos ser e não somos. Aquilo que lutamos contra e não conseguimos vencer. Eu luto contra a minha natureza e impulso de ser séria, exigente de mim mesma e possessiva, assim como você luta com sei lá o que. Mas o certo é que não existe batalha perdida, nem mesmo contra a saga dos salgadinhos, existe uma luta em processo e nunca somos completamente derrotados...sempre existe uma esperança.

Deus sabe quem eu sou...e eu só sei que não quero viver uma vida fingindo que Ele não vê o que eu faço. A tentativa de eu tentar mascarar para as pessoas os meus defeitos e evidenciar uma completa independência de Deus é apenas falta de caráter.

Sou mais um pedaço de Ruffles no tapete.