sábado, 21 de agosto de 2010

De volta...na saga do Ruffles.

Que coisa feia não? Quando criei o blog nunca imaginei que seria sugada para o mundo dos ex-blogueiros! Como é fácil ser levada pela correia do dia-a-dia e esquecer de tirar aqueles momentinhos para desabafar. Por isso que psicóloga dá tão certo! Como a gente está pagando, se sente na obrigação de ir...que nem academia. Prós e contras das coisas pagas da vida...

Mas, por insistência dos leitores...aqui vamos nós.

Nunca imaginei que Ruffles teria um significado tão grande na minha vida. Quero deixar bem claro que procuro manter um estilo de vida saudável sem a presença desses salgadinhos que enchem a barriga tanto quanto algodão doce e tem cheiro de peido (e.i: fandangos, ruffles, cheetos,etc). Nunca gostei, nunca aprovei e por minha perfeita vontade seriam extinguidos das prateleiras para que meus queridos futuros filhos Nicholas e Nicole (daqui 8 anos eles virão...não perca!) nem possam sentir a urgência de ingeri-los. Busquei eliminar a prática de comprá-los desde a primeira semana do meu maravilhoso casamento, e com sucesso tenho sobrevivido a essa tentativa até a poucos dias. Mas meu marido, como todo ex-solteiro-que-mora-sozinho-longe-dos-pais não resistiu semana passada.

Como pastor o meu marido visita muitos irmãos da igreja que moram em Flores da Cunha e, tendo que passar o dia todo lá resolveu "matar a fome" (POR FAVOR, dá pra encher a barriga mais com isopor do que com esses venenos!) comprou um RUFFLES. Acho que eu teria ficado mais feliz com a ignorância (já diziam né...a ignorância é a mãe da felicidade), mas pelo mérito de ser o melhor marido do mundo, ele me contou de sua trágica traição, pelo qual eu fiquei muito chocada, mas menos por que ele falou que havia comprado um "salgado" e não um "salgadinho" (incrível como um diminutivo pode fazer tão incrível diferença na reação de uma pessoa).

Pois bem, alguns dias depois, saindo do shopping eis que vejo a prova do crime...um minúsculo pedaço de um salgadinho amarelo entre o banco e o freio de mão. Pasma, procuro identificar o objeto, acho que um fio de cabelo loiro teria me deixado mais calma, mas não...era um RUFFLES! Gustavo tentou se explicar mas não teve jeito, confessou com um suspiro em sua frase "Não existe crime perfeito...até joguei a embalagem no lixo da garagem sabendo que você não ia olhar lá...".

Rimos muito e a situação virou mais cômica do que dramática, mas o fato é que todos temos as nossas máscaras. Aquilo que queremos ser e não somos. Aquilo que lutamos contra e não conseguimos vencer. Eu luto contra a minha natureza e impulso de ser séria, exigente de mim mesma e possessiva, assim como você luta com sei lá o que. Mas o certo é que não existe batalha perdida, nem mesmo contra a saga dos salgadinhos, existe uma luta em processo e nunca somos completamente derrotados...sempre existe uma esperança.

Deus sabe quem eu sou...e eu só sei que não quero viver uma vida fingindo que Ele não vê o que eu faço. A tentativa de eu tentar mascarar para as pessoas os meus defeitos e evidenciar uma completa independência de Deus é apenas falta de caráter.

Sou mais um pedaço de Ruffles no tapete.

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