sábado, 15 de maio de 2010

A primeira impressão.

Dizem que é a primeira impressão que fica. Não sei...já fui odiada em primeira instância e idolatrada em despedidas. Certamente minha primeira impressão deste blog não foi das melhores, não sei se isso irá mudar com o passar do tempo. Não gosto de desabafar para uma tela branca (fonte horrível) como se fosse uma ficha de ocorrência de uma prisão.

Escrevendo apenas 5 linhas já pude apagar umas 6 palavras e substituí-las, agora entendo por que as pessoas hoje preferem o computador a um papel. Apesar do famoso "errorex" (falando nisso, pensa em um objeto que pode ser chamada de diversas coisas!! branquinho, liquipaper, errorex, etc.), o papel mantém a originalidade daquilo que queremos falar, sem edição, sem "backspace". Mas (e lá fui eu com meu primeiro devaneio), por esta ser a opção mais popular e certamente a que pode atingir mais pessoas pelo meu Brasil, vamos segui-lo.

Hoje foi o dia da programação em Porto Alegre, como esposa do pastor imagino que tenha sido minha obrigação ir, mas uma grande aglomeração de pessoas não é algo que me encanta e muito menos algo que me atrai, por isso, contradizendo a lei da boa vizinhança, resolvi ficar em casa. Sábados em casa são um grande refúgio pra mim. Não que eu não goste de visitar e trabalhar nas igrejas (AMO!), mas parece que a companhia de um bom livro e um saboroso bolo assado no dia anterior são um oásis no meio de uma semana de gritarias e marcas de canetões para quadro branco. Para fazer uma história potencialmente longa um pouco mais curta...me pus a ler o livro "Ortodoxia" de G. K. Chesterton. Um livro abundante em palavras difíceis e idéias complexas às vezes até demais para uma simples formada no 3o. grau. Mas ao ler (e aos poucos entender 2 frases de cada 10 que eu lia) percebi como as palavras podem ter um profundo impacto nas pessoas, especialmente em mim...mas não na palavra ouvida (apesar de a Bíblia dar uma ênfase boa nisso), mas na palavra lida. Eu me impacto com a leitura como uma criança que faz sua primeira tentativa na cozinha e o que é produzido é no mínimo comestível, como uma professora que descobre que seus alunos realmente aprenderam o que foi ensinado, como um idoso que experimenta e consegue alcançar ainda os seus calcanhares ao se abaixar (podendo ainda levantar-se depois!).

Por isso resolvi fazer este blog, talvez, no meio de tantos devaneios e palavras inúteis, você encontre algum que faça um impacto como o meu primeiro bolo de chocolate fez para o meu ego culinário. Talvez, nessa primeira impressão, você não volte mais. Mas, como o G. K. Chesterton me falou nesta tarde de sábado..."A poesia mantém a sanidade porque flutua facilmente num mar infinito; a razão procura atravessar o mar infinito, e assim torná-lo finito. O resultado é a exaustão mental."

Prefiro flutuar.

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